Sou o Chefe Arilson, do 37GE-RJ. Sempre Alerta.
O mundo muda o tempo todo! O Movimento Escoteiro também.
Estamos acompanhando hoje (1ºMAI2025) o lançamento de grandes mudanças pelas quais a instituição União dos “Escoteiros do Brasil” está passando, sobretudo no que se refere ao Programa Educativo. Na verdade, é uma atualização. E os reflexos dessas mudanças serão percebidos ao longo dos próximos anos, com resultados que ainda não sabemos quais serão.
Na vida é assim mesmo. Escolhemos uma profissão, casamos, mudamos de cidade ou até de país e esperamos que tudo seja como planejamos. E lá na frente, avaliamos se a decisão foi acertada ou não. E decidimos se mantemos ou mudamos os rumos e seguimos em frente. O escotismo, ao longo dos seus mais quase 120 anos tem se atualizado de tempos em tempos. E nós somos os atores principais nesse roteiro que é a vida escoteira. Eu mesmo estou nesse Movimento desde 1981, quando ingressei como Lobinho e já vi muita coisa mudar.
Entendo que somos mais de 95 mil associados ansiosos por conhecermos como faremos as nossas atividades a partir de agora. Como conseguiremos manter a chama do escotismo acesa com tantas mudanças? Alguns diriam “Agora que eu já estava aprendendo como avaliar a progressão pessoal, vai mudar tudo de novo!” Outros ainda: “Puxa, como farei?” Calma... respira. Pode ter certeza de uma coisa: Muda a forma, mas o cerne, os princípios não mudam. O que BP nos deixou é tão forte que, por mais que façamos as adaptações necessárias para atender aos anseios da nossa sociedade, especialmente dos nossos jovens, os fundamentos, permanecem como ele nos deixou. O aprendizado por meio das atividades ao ar livre, trabalho em equipe e os valores éticos para se promover um mundo melhor não mudam. Da minha parte, continuarei proporcionando acampamentos, jornadas, cozinha mateira e sistema de patrulhas para os jovens que aparecerem lá na tropa.
Entendo também que é frustrante perceber que escolheram por nós, decidiram por nós e nem nos perguntaram o que achávamos... ou perguntaram e não respondemos? Ou respondemos, mas não concordaram? Mas na democracia é assim. Nossos representantes nos representam, ouvem e interpretam os anseios de uma maioria e tomam decisões tentando acertar. E se não fazem assim, sua consciência cobrará em algum momento.
Então, sugiro o seguinte: recebamos o novo programa, aprofundemo-nos e critiquemos o que tivermos que criticar, propondo alterações, verificando resultados, avaliando se há outras maneiras de fazemos o nosso trabalho, sempre com propriedade, cortesia e boa vontade. Assim, creio que conseguiremos cumprir o desejo do fundador Baden Powell de vivermos como irmãos.
Não estamos mais no século 20, mas queremos ir muito longe ainda. Será que conseguiremos? Só o tempo dirá.
Sorte... má sorte... quem sabe?
Sempre Alerta
Arilson de Oliveira Silva
Diretor Presidente 37GE-RJ
Escoteiro desde 1981