Por Arilson Silva
Todo Grupo Escoteiro, ou quase todos, especialmente aqueles que tem uma longa história, possuem em seus quadros, ou lembranças, aquelas pessoas que deixam sua marca indelével desde o momento em que por ali apareceram e fizeram da história do grupo a sua história.
Na família Fernão Dias temos uma série de nomes importantes, que se doaram de corpo e alma para que os ideais do fundador do escotismo fossem bem transmitidos aos jovens de sua seção ou do grupo como um todo. Hoje falaremos de Dona Jurema, a esposa do fundador, que hoje ocupa um lugar de honra em nossa galeria de antigos escoteiros.
Quem poderia se esquecer de sua presença amiga e acolhedora, que desde os anos 70, todos os domingos, às 7 horas da manhã, chegava à do grupo sede para iniciar as atividades da alcateia da qual eu era um lobinho. Eram atividades alegres, vibrantes e cheias de novidades a cada domingo. Com a ajuda de seus assistentes, a nossa Akelá apresentava aos lobinhos a História da Jângal, com Mowgli, Bagueera, Baloo, Mangui, Chil e Kaá. Nas excursões, passeios e visitas ela sempre estava à frente, levando seus lobinhos a conhecerem a natureza e o mundo de aventuras e sonhos daqueles que um dia, quando crescessem, passariam "para o mundo dos homens". Dona Jurema preparava os lobinhos para o futuro, educava para o crescimento pessoal, mesmo antes de todo esse palavreado acadêmico de Competências e Progressão Pessoal. Era o Método Escoteiro em sua essência. Nessas atividades, eu me lembro bem que todos tinham que levar o seu farnel. Ela levava a sua grande bolsa da "Stanley" com lanche suficiente para toda a alcateia, para o caso de alguém não ter levado lanche suficiente. Naquela bolsa tinha frutas, sucos, sanduíche, frango, farofa e arroz, tudo fresquinho, feito de madrugada para não estragar. Nada de molho de tomate ou feijão, só comida de mateiro, seca.
E os acampamentos em Rio Bonito, terra da família dela? Quem esquece? Fazenda do seu Labério e Dona Carmélia, com D. Puquéria, Luiz, Godão, Xará e Renato. Quantas lembranças daquele Monte Azul, onde montávamos nossas barracas. Sim, os lobinhos dormiam naquelas barracas de lona verde, do quartel, para 10 homens, onde cabiam 20 ou 30 lobinhos. Com a ajuda da Tropa Sênior, montávamos as barracas, fazíamos valetas e cavávamos as latrinas. Às vezes ficávamos na Escola Municipal Manuel Duarte ou na casinha do Engenho de Farinha, mas só de vez em quando. O melhor mesmo era acampar, ver o sol nascer pelas frestas da barraca ou dormir ao som da chuva, que era certa no verão. E outros tantos acampamentos também em muitos outros lugares: Carapebus (Macaé), Xerém, Mantiquira (Duque de Caxias), Santo Aleixo (Magé) Tinguá (Nova Iguaçu) e muito mais.
E os acampamentos em Rio Bonito, terra da família dela? Quem esquece? Fazenda do seu Labério e Dona Carmélia, com D. Puquéria, Luiz, Godão, Xará e Renato. Quantas lembranças daquele Monte Azul, onde montávamos nossas barracas. Sim, os lobinhos dormiam naquelas barracas de lona verde, do quartel, para 10 homens, onde cabiam 20 ou 30 lobinhos. Com a ajuda da Tropa Sênior, montávamos as barracas, fazíamos valetas e cavávamos as latrinas. Às vezes ficávamos na Escola Municipal Manuel Duarte ou na casinha do Engenho de Farinha, mas só de vez em quando. O melhor mesmo era acampar, ver o sol nascer pelas frestas da barraca ou dormir ao som da chuva, que era certa no verão. E outros tantos acampamentos também em muitos outros lugares: Carapebus (Macaé), Xerém, Mantiquira (Duque de Caxias), Santo Aleixo (Magé) Tinguá (Nova Iguaçu) e muito mais.
O importante dessas lembranças é que a imagem de Dona Jurema vai estar sempre em nossas memórias, como a Akelá que cuidou de muitos pequenos lobinhos, que se tornaram grandes escoteiros, excelentes seniores, nobres pioneiros e muito melhor, tornaram-se chefes de família, cidadãos de bem, e que buscam deixar o mundo melhor do que encontraram. Aprenderam com a mãe da Família Fernão Dias.
Dona Jurema, hoje com mais de 80 anos, sempre que vem ao grupo nos enche de alegrias com suas histórias, seu sorriso fácil e presença impactante de alguém vive uma vida simples e feliz. E dançou e cantou em volta da Fogueira. Um beijo, Dona Jurema!
Arilson de Oliveira Silva
Diretor Presidente do 37ºGE-RJ
PS.: Jurema Carvalho de Souza, esposa do saudoso fundador do grupo, é mãe de Almir Carvalho de Souza, Regina Célia Souza Matos e Aldenir Carvalho de Souza (in memmorian), avó e bizavó. Vive em Duque de Caxias e é membro de honra de nosso 37º Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme.