Oi, eu sou o Chefe Arilson, do
Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme, aqui no Rio de Janeiro.
Os valores do escotismo,
consolidados no Método Escoteiro de educação não formal é o que me move para
deixar, a cada dia, este mundo melhor do que o encontrei, parafraseando o
fundador do Movimento, Lord Baden Powell.
E hoje eu quero compartilhar com
vocês um exemplo de como o escotismo age na transformação dos jovens em cidadãos
ativos e responsáveis pelo seu próprio desenvolvimento. E que se é escoteiro em qualquer lugar que se esteja. Se esse assunto faz sentido para você, leia até o
final.
Os Escoteiros do Brasil reúnem-se uma ou duas vezes por semana, normalmente aos sábados e domingos, em
sua sede, onde são desenvolvidas atividades atraentes, variadas e progressivas,
abrangendo as diversas áreas do desenvolvimento do jovem. Na sede se aprende, entre outras habilidades, a
viver em grupo, a partilhar conhecimentos e a exercitar da liderança, por
meio da vida em equipe, denominada matilha para o ramo lobinho, patrulha para
os ramos escoteiro e sênior e equipes de interesse para o ramo pioneiro. É na
sede que se aprendem as técnicas mateiras e de primeiros socorros. Aprendem-se
os famosos nós escoteiros e tudo o que o jovem possa vir a precisar para ter
sucesso em sua vida ao ar livre e em sociedade. Aprende-se por meio do método
escoteiro. Aprende-se fazendo!
Por outro lado, nos finais de semana,
especialmente os prolongados, os grupos aproveitam para organizar os seus
acampamentos, excursões e demais atividades ao ar livre, fora da sede, procurando
extrair o máximo que esse ambiente possa oferecer em termos práticos. Por
exemplo, é muito mais fácil aprender sobre ecologia numa mata ou floresta do
que dentro da sede do grupo, que na maioria das vezes funciona em escolas,
igrejas e outros locais urbanos. É nos
acampamentos que o jovem pode exercitar o que aprendeu, montar sua própria
barraca e cozinhar as suas refeições. É nas excursões que se pode estudar a
fauna e a flora, descobrindo com seus próprios olhos como a natureza reage à
presença humana e vice-e-versa. É nas jornadas que o jovem pode utilizar a bússola
para se orientar. Em outras oportunidades,
o jovem sai de sua sede para ajudar o próximo, realizando campanhas sociais,
apoiando outras iniciativas e despertando para a cidadania, sentindo-se capaz
de contribuir para uma sociedade melhor.
Mas o jovem também vivencia o
escotismo em sua vida familiar, participando ativamente da rotina de sua casa,
dos passeios em família e do exercício de sua fé. E eis o ponto onde eu queria
chegar. Em um certo final de semana prolongado, nosso grupo não programou nenhuma
atividade, cumprindo um pequeno recesso. E foi aquele chororô por que não teria atividade. Muitos queriam acampar,
excursionar e estar juntos, como em todos os finais de semana. Mas não teve
jeito: todos teriam que esperar o próximo sábado para se reunir
novamente.
Para minha surpresa e satisfação,
ao longo do feriadão, pude observar
pelas redes sociais as atividades dos jovens do grupo e de suas famílias, que
quase todos foram para o campo, realizar suas atividades ecológicas, fizeram
trabalhos sociais de ajuda ao próximo, realizaram caminhadas por lugares
desconhecidos, foram para a praia e etc. E todos foram compartilhando suas
fotos e filmagens, mostrando onde estavam e o que estavam fazendo. E estavam
todos felizes.
Chego à conclusão de que houve,
sim, atividade escoteira nesse final de semana, sendo que cada um junto de sua
família, com outros amigos, diferentes dos companheiros de patrulha. Penso que o
escotismo é assim: não deixamos de ser escoteiros por não estarmos juntos com
outros escoteiros. Não somos uma comunidade fechada, na qual só somos felizes
se estivermos juntos. Muito pelo contrário. Vivenciamos o escotismo no dia a
dia, onde estivermos e com quem estivermos. O escotismo está no coração. Acrescento que, desde que
ingressei no movimento escoteiro, não há um só dia em que eu não esteja em plena atividade
escoteira.
Então, acho que vale a pena
conhecer um grupo escoteiro próximo de sua residência e viver grandes
aventuras, fazer amizades e, acima de tudo, ser feliz!
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Esse é o escotismo que me move. Sempre
Alerta!
Arilson de Oliveira Silva
Autor do Blog