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domingo, 27 de setembro de 2015

Cap 2 - A árvore mãe, onde tudo começou!

A “Árvore mãe”


Em agosto de 1964, após as férias escolares, quando os alunos voltaram às suas atividades rotineiras no patronato de São Bento, situado no Núcleo Colonial de São Bento, antiga Fazenda São Bento, em frente à Rádio Receptora do Departamento de Correios e Telégrafos (DCT), o Pioneiro Paulino conseguiu uma autorização do Diretor do Patronato, Padre Odilon, para dar prosseguimento ao trabalho desenvolvido durante as férias, incluindo as atividades complementares no dia a dia dos alunos internos e externos, agora sem a participação do conjunto musical. Nesta época, trabalhava na União Manufatora de Tecidos S/A, antiga fábrica localizada na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Corte 8, em Duque de Caxias, na função de Fiador. 



Na ocasião, Paulino optou por implementar a prática do Escotismo no Patronato, devido ao fato de atuar ainda como Pioneiro no Grupo Escoteiro Almirante Tamandaré, sediado em Duque de Caxias e estar motivado a apresentar este método educacional, iniciado em 1907 por Robert Stephenson Smith Baden Powell.  Iniciou esta etapa em agosto de 1964, dando ciência ao Comissário Distrital de então, o Capitão Osmar Pinto de Oliveira, sobre sua nova empreitada. Como via de regra, recebeu em 14 de agosto desse ano uma permissão provisória para organizar o grupo escoteiro no Internato (Patronato) São Bento e a determinação de fundar um grupo escoteiro no prazo de três meses, o que era uma praxe administrativa à época. 


Note-se que o então Pioneiro Paulino atuava num Instituto que atendia a jovens internos, órfãos, e também aos alunos que apenas estudavam no patronato, chamados de externos.  Dessa forma, surgiram diversas dificuldades, entre elas a necessidade de uma sede destinada especificamente para as atividades escoteiras, a necessidade da aquisição de equipamentos e materiais para as atividades, e a necessidade da associação de outros adultos voluntários para que a fundação do novo grupo se tornasse uma realidade. 

Na ocasião, o Padre Odilon não ofereceu o respaldo necessário para a fundação do grupo, momento em que os pais dos jovens externos mostraram-se favoráveis a ideia do grupo escoteiro. Mas ainda faltava um maior apoio das instituições situadas no então Núcleo Colonial de São Bento. 

O Clube Colonial de São Bento, por exemplo, consultado sobre a possibilidade da instalação da sede do Grupo Escoteiro em suas dependências, alegou por meio de sua diretoria não dispor de espaço físico.  




Percebendo que se aproximava o encerramento do prazo para que o grupo fosse oficialmente fundado e sem outra alternativa, iniciou as atividades do Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme, em agosto de 1964, sob uma árvore nos fundos do Patronato, denominada posteriormente de “Árvore Mãe”. 


Chefe Arilson 
Arilson de Oliveira Silva

Obs.: A Árvore Mãe é da espécie cuja denominação vem do latin científico Tamarindus, e o termo origina-se do árabe (tamr hind), que em português significa "Tâmara da Índia".

Foto do Patronato extraída do Sítio da Câmara Municipal de Duque de Caxias
http://www.cmdc.rj.gov.br/?page_id=2576

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cap 1 - Baltazar Paulino, o décimo sexto filho de Tereza

Baltazar Paulino Ribeiro (1940-2013)

Décimo sexto filho


  Décimo sexto filho de uma família norte-rio-grandense, seu nascimento não foi muito diferente dos filhos do norte, nascidos na década de 40: "uma parteira o trouxe à luz" em sua humilde residência, no bairro da Redinha, em Natal. Com a morte do pai, João Paulino, a matriarca Tereza Paulino Ribeiro migrou com os filhos para a cidade do Rio de Janeiro, de navio, no final da década de 50. Moraram em vários bairros da cidade, entre eles a Vila Cruzeiro. Naquele local, conheceu o Movimento Escoteiro, ingressando aos 11 anos no Grupo Escoteiro da Invernada de Olaria, iniciando naquele momento a sua paixão pelo movimento que mudaria sua vida e a de muitos jovens.

Por volta de 1957, a família mudou-se para Duque de Caxias, para uma humilde casa no bairro Itatiaia. Nessa época, fazia parte do Grupo Escoteiro Almirante Tamandaré, na Vila São Luiz, já como integrante da Tropa Sênior.
  
Serviço à Pátria


Aos 18 anos afastou-se do Movimento Escoteiro para dedicar-se à vida militar, alistando-se como soldado no Exército Brasileiro. Serviu durante um ano na Companhia Mista de Transportes, em Benfica, sendo desligado na primeira baixa como Soldado de 1ª Categoria.  Ainda nesta época o seu nível de escolaridade não passava do primário, sendo esta uma das dificuldades em se manter na vida militar.  Assim após o quartel, retornou a vida civil e ao convívio do Grupo Escoteiro Almirante Tamandaré.




O Patronato São Bento


Aos 20 anos de idade, envolvido pelo ritmo da década de 60, dirigia um grupo amador de música e dança, apresentando-se em associações, clubes e colégios, com um repertório de rock, twist e iê iê iê.  No início de 1964, o grupo visitou o Patronato São Bento, internato e externato para meninos, dirigido pela Igreja Católica e, à exemplo de outros lugares onde se apresentavam, realizaram um espetáculo dançante.  Tal fato repetiu-se nas semanas seguintes, oportunidade em que pode travar um contato mais direto com aqueles jovens internos, percebendo que o ambiente carecia de outras atividades de lazer, complementares àquelas desenvolvidas pelos professores.  

Por meio de um entendimento com o Padre Odilon, Diretor do Patronato à época, iniciou voluntariamente o desenvolvimento de atividades que consistiam de apresentações musicais e teatrais, esportes, palestras educativas, tardes dançantes em nível de integração social, aproveitando os domingos do período de férias do mês de julho de mil novecentos e sessenta e quatro, em caráter experimental.  Seria este o embrião do Grupo Escoteiro que estava por nascer.



Chefe Arilson 
Arilson de Oliveira Silva

Foto do Patronato extraída do Sitio Caxias Digital 
http://www.caxiasdigital.com.br/blog/fazenda-sao-bento-patrimonio-historico-de-duque-de-caxias/ acesso em 27/09/2015

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ata de fundação do 37º Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme




A ata é o registro ou resenha de fatos ou ocorrências verificadas e, como documento registrado em cartório, dá legitimidade à existência da Instituição.

Para contarmos a história dos 50 anos de existência do Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme, publico abaixo Transcrição da Ata de Fundação do 37º Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme, registrada à folha nº 394 do livro B-23 de Registro integral de títulos sob o nº 11209, da Comarca de Duque de Caxias, em 13 de agosto de 1974, Cartório Fausto Vieira, 2º Ofício.

"Aos vinte e sete dias do mês de dezembro de mil novecentos e sessenta e quatro, em sede na Receptora Rádio do DCT – Núcleo Colonial de São Bento – Município de Duque de Caxias, Estado dório de Janeiro, às oito horas, com asteamento (sic) do Pavilhão Nacional, foi iniciada a programação – Presentes o Sr. Comissário Distrital, Sra. Assistente Distrital de Lobinhos e os demais chefes dos Grupos Escoteiros: Almirante Tamandaré, Tiradentes, Sta. Rita de Cássia, Barão de Mauá, Presidente, Secretário e Tesoureiro do Conselho Local.  Prestaram promessa os seguintes noviços:  


1.NELTON SANTOS SILVA
2. OVÍDIO DA SILVA CRESPO FILHO
3. PAULO CÉLIO DE SOUZA
4. ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA
5. GILVAN DE SOUZA
6. ADILSON DE SOUZA
7. ELI PEREIRA DA SILVA
8. BARTOLOMEU RIBEIRO CRUZ
9. JOSAFAR NASCIMENTO
10. WAGNER TORRES CASTRO
11. JOÃO ALFREDO FAROFI. 

O Comissário Distrital deu posse ao Chefe do Grupo BALTAZAR PAULINO RIBEIRO nas funções de Chefe do Grupo Fernão Dias que é também fundador do referido grupo.  O Sr. Presidente do Conselho Local deu posse à Comissão Executiva do grupo, também fundadores. Pelo Reverendo Padre Sandoval, Presidente do Grupo Escoteiro Santa Cecília, foi celebrada Missa Campal em Ação de Graça. Às 13 horas realizou-se um almoço de confraternização, tendo usado da palavra todos os presentes. As atividades foram encerradas às 16 horas com arriamento do Pavilhão Nacional.  Para constar, eu Oscar José Teixeira, Secretário, lavrei a presente ata, que por mim é datada e assinada.  Abaixo da minha assinatura consta a assinatura dos demais presentes.

Oscar José Teixeira, 1º Secretário
Antonio Burnett de Castro Filho, Presidente
Baltazar Paulino Ribeiro, Chefe de Grupo
Ovídio da Silva Crespo, 1º Tesoureiro
Daniel da Silva Rocha, RJ Barão de Mauá
Lourival Ferreira, G.E.T. (Grupo Escoteiro Tiradentes)
Severino José dos Santos, Instrutor do Grupo Escoteiro Almirante Tamandaré
José de Assis Almeida, Chefe de Tropa do G. E. Tamandaré
Maria de Lourdes – Assistente Distrital de Lobinhos
Guimar B. Arnaldo, Akelá FNM
Edson Guedes, G.E.M. 63º RJ Barão de Mauá, Ch. T. Sênior
Pastora de Alencar Guedes, G.E.M. Barão de Mauá, Ass. Lobinho
José Vicente Ferreira, GE Almirante Tamandaré, Caxias
Rubens Pereira Ramos
Waldir Arnaldo"

Ao longo desta série de postagens, contarei a história da instituição que mudou a minha vida e a de milhares de jovens que por aquela casa passaram. 


Chefe Arilson 
Arilson de Oliveira Silva

domingo, 20 de setembro de 2015

Campanha do Abraço Grátis - 37º GE Fernão Dias - 47ºGE Tiradentes

Campanha do Abraço Grátis
Mutirão Nacional de Ação Comunitária - União dos Escoteiros do Brasil

A "Free Hugs Campaign"(Campanha do Abraço Grátis) é um movimento social iniciado em 2004 e amplamente divulgado em 2006, por meio de videoclip no Youtube da banda australiana Sick Puppies. O vídeo atualmente é um dos mais visto no site, tendo sido assistido mais de 72 milhões de vezes (março de 2012). Os abraços são um exemplo de um ato humanitário e de bondade, cujo objetivo é apenas fazer as pessoas se sentirem melhores. A mensagem que o vídeo quer passar é que as vezes, um abraço é tudo o que nós precisamos. "Free Hugs"é uma história real de Juan Mann, o homem que se encarregou da solene missão de sair por aí abraçando estranhos na tentativa de trazer novamente o brilho para a vida das pessoas nessa época de pouco convívio social e falta de contato humano.

https://www.youtube.com/watch?v=vr3x_RRJdd4



Seguindo este exemplo, escoteiros do Brasil inteiro realizaram a mesma campanha durante o Mutirão Nacional Escoteiro de Ação Comunitária.

Convidados pelos irmãos do 47º Grupo Escoteiro Tiradentes, nós da Família Fernão Dias participamos da Campanha realizada no Bairro do Gramacho, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro e as reações foram as mais diversas.
 

Eu mesmo estava meio cético do resultado da campanha, pois ainda não tinha visto os vídeos ou participado de algo parecido. Mas ao término da atividade, estava emocionado com os depoimentos dos jovens e das pessoas que foram abraçadas, percebendo realmente a força de um abraço, especialmente numa manhã chuvosa como aquela do dia 14 de setembro.


Obrigado pela idéia, Juan Mann!


   






quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O Grito de Guerra do 37º Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme


Grito de Guerra do 37º Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme

No Garbo, na cor, na ordem e alegria
Padrão Nacional, o Grupo Fernão Dias
Somos de Caxias, lutamos com vigor
A todo Fernão Dias defendemos com amor
Rá, rú, rá, rú, rá
Fernão Dias, presente aqui está

Somos de São Bento, de Duque de Caxias
Embaixo de uma árvore, nasceu o Fernão Dias
É raça, é guerra, é luta,
Fernão Dias


Chefe Arilson 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Boas Vindas ao Blog do Chefe Arilson

Olá, meus amigos,

Bem vindos ao blog do Chefe Arilson!

Estamos iniciando uma experiência, cujo objetivo e mostrar o dia a dia do 37º Grupo Escoteiro Fernão Dias Paes Leme  e resgatar a sua história.

Ao longo dos posts, vou mostrar o que motiva os adultos e jovens voluntários a darem continuidade à Família Fernão Dias, fundada pelo Chefe Baltazar Paulino Ribeiro, o Olho de Águia!

Então,  aproveitem, contribuam e comentem no nosso blog.

Forte Abraço


Arilson